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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

EJA, o Analfabetismo Continuado.



                          
Diz o ditado Gaúcho que não há nada mais faceiro do que mosca em tampa de xarope, e para não ser grosseiro digo que “mudam as moscas, mas o xarope é mesmo”.

É assim que vejo em muitos casos a educação, onde passam governos e todos vem com a mesma conversa, a de erradicar o analfabetismo, como a Alfabetização Solidária do FHC e mesmo o Brasil Alfabetizado do Lulinha, como o ocorrido em nosso Estado onde uma Secretaria de Educação simplesmente quase destruiu a educação deste que já foi um dos Estados mais pujantes na educação, além de outros fracassos de outros governos. 

É um assunto muito importante, tão importante que não deveria ficar nas mãos de tecnocratas e muito menos nas mãos de políticos. Por outro lado não se pode sobrecarregar de responsabilidades os governos, sejam eles quais forem, pois se analisarmos mais profundamente vamos ver que a maior responsabilidade recai sobre a família e também sobre o interessado, neste caso diria sobre o desinteressado.

Não podemos apenas ficar jogando a culpa nos governantes pelos altos índices de analfabetismo, na evasão escolar e nos locais de difícil acesso, pois isto está intrinsecamente relacionado com ao desinteresse e a apatia da clientela. Podemos até, por outro ângulo de visão culpar as estruturas inadequadas e falidas de muitas escolas, os baixos salários dos professores, a falta de material didático, porém o que observo dentro dos cursos noturnos atendido pela EJA é o total desinteresse da esmagadora maioria dos alunos, que estão ali apenas passando o tempo a espera de um certificado, porém não estão adquirindo nenhum conhecimento efetivo, pois a ele não interessa. E como escrevi neste blog, “EJA Entre Outros”, estamos certificando o analfabetismo, mesmo que seja o analfabetismo funcional.

Ouço e vejo maravilhas sendo ditas e publicadas sobre a EJA, projetos maravilhosos, profissionais otimistas, cheios de gás e redobrado euforismo, entretanto se é uma forma certa de educar a pergunta que fica em suspenso é a do por que tanta evasão escolar? Por que as turmas iniciam o ano com 30 ou 40 alunos e ao chegarmos ao fim do ano temos essas mesmas turmas com três ou quatro alunos. Mas aí se inicia a tortura mental em cima dos professores, pressionados pelas Secretarias, onde também muita incompetência impera e um estado de desinformações, falta de respeito e omissões se instala deixando os grupos discentes em total apatia e incertezas.

As “autoridades” ligadas à educação devem jogar a culpa nas costas dos professores, aliás, uma ex-assessora de uma Secretaria de Educação de um município da área metropolitana de Porto Alegre-RS, comparou os professores e professoras da EJA a uma empregada doméstica vagabunda, que passa os dias de pernas para o ar sem nada fazer, porém parece que  ninguém está vendo que não são tampouco as condições sócio econômicas dos que desistem são as responsáveis pela evasão escolar e sim um total desleixo, uma total apatia, um  total e real desinteresse em aprender.

E dentro das salas de aula o que se pode observar são alunos perdidos em seus confusos pensamentos, muitos dos quais além da apatia que abate uma grande parcela outros apresentam total e inegável desrespeito não só com os professores como com os próprios colegas que ali estão realmente para aprender. Muitos são tão desinteressados que passam a maior parte do tempo trilhando pelos corredores, indo a todo o momento ao banheiro, pois assim procedem porque há muitos professores que para não se incomodarem permitem que em determinados horários um quase caos se estabeleça.

Outrossim, muitas são as direções e equipes que se omitem e não querem enfrentar os graves problemas de indisciplina por medo ou por acomodação, muitas vezes dando de ombro para os pleitos dos professores.

Não vi, não ouvi, não falei.

Já, por outro lado podemos encontrar profissionais realmente interessado, porém esses trazem os problemas à tona e isto também incomoda aos que estão acima e geralmente o errado é o que vê, é o que ouve e é o que fala.

Uma das soluções que vejo para a EJA é uma reestruturação, a começar pela idade, pois guri de 15 anos não é para estar estudando à noite, a noite é para adultos, e um indivíduo passa a ser considerado adulto a partir de determinada idade, que fica entre os 18 e os 21 anos, pois entre essas idades é que o cidadão pode agir por sua livre conta, não precisando de nenhum responsável para firmar contratos, conduzir um veículo automotor, ser militar e tomar atitudes responsáveis. Alguns dirão, mas eles podem votar aos 16 anos. Mas isto é outra história, para outra matéria, pois se o meleque de dezesseis anos pode votar e decidir o futuro de um Município, Estado ou País, este mesmo moleque deveria responder criminalmente como adulto e não como um imaturo, irresponsável, irritante e irracional.

Abro aqui um espaço para esclarecer que alguns meninos sãos excelentes alunos, meninos, que não chegaram aos dezesseis anos, os quais trago sempre em grande consideração e respeito, mas pensam como adultos, querem aprender, são esforçados e educados, esses, infelizmente, são a minoria absoluta.

Por outro lado vamos encontrar nesse meio, pessoas maiores de trinta anos que buscam conhecimento, são ordeiras e sabem bem que estão ali para aprender e necessitam do conhecimento de um professor, alguns destrambelhados que já passaram em muito a idade escolar que tem a extrema soberba, aliada a extrema ignorância de pensarem que sabem mais que um profissional que estudou anos a fio, e que se formou em uma ou duas faculdades, é muitas vezes um pós-graduação, quando não um mestrado e esses alunos, também como um guri irresponsável, muitas vezes dormindo em aula e ao final dessa tecem comentários desairosos, mostrando bem sua ignorância. Estão ali, na EJA só de corpo presente para pegar o certificado e como muitos guris será diplomado sendo um analfabeto funcional.

Devemos urgentemente repensar uma nova EJA, antes que seja tarde, e já é muito tarde para corrigir todos os erros do passado. Erros grosseiros como o de diplomar pessoas sem as mínimas condições.


As fotos apresentadas nesta matéria, onde apareço ministrando uma aula foram tiradas e pertencem a competente colega Aldaiza Fabiana (Blog: Etapas Inicias EJA-CMEB Santo Inácio-Esteio-RS)


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O “X” do Problema.




É simplesmente estarrecedor o “X”, não como um sinal gráfico, uma letra ou um número, mas sim um marcador de extrema e expressa ignorância.

Por outro lado o X se cortado ao meio no sentido horizontal vamos ter um V normal e um V invertido, que representava para os latinos do antigo Império Romano a mulher, que para eles era número 5, ainda hoje por grande parte da humanidade usado. Ainda hoje este V pode sim representar o sexo feminino. Mas se juntarmos duas mulheres, ou dois "Vês" vamos formar o dez, representado pelos romanos com a letra X. (v+^=X), 
 
Tri legal!

Mas afinal o que é o “X”?

O “X” além de ser usado em diversos segmentos da vida humana, pois serve para marcar uma questão, ou indicar um cruzamento em rodovias e quando sobreposto a um E, indica local que é proibido parar e estacionar serve também como um número ou um problema, quando dizemos o “xis da questão”, ou na construção civil, onde trabalhadores com pouca escolaridade, para evitar acidentes marcam com tinta lavável um enorme “X” os locais onde foram colocados vidros em janelas, paredes, vitrines ou portas.

Porém o “X” da questão ora em debate é saber quando devemos usar esta letra que surgiu provavelmente entre os fenícios, chamado de samek, que indicava a palavra peixe. Gregos, Etruscos e Romanos foram adotando tal sinal com sons com nuances diferentes como K, CS ou SC.

Já para nós o “X” pode ter quatro empregos diferentes na escrita, ou seja, pode ter quatro variantes fonéticas, sendo usado como CH, CS, SS ou S e Z.

Como assim?

Sim a letrinha é cheia de ginga, prá lá de malandra, vejam só:

Como CH, usamos o “X” em palavras como xadrez, xícara, baixo, xarope, xilindró, xilofone, axé, mexicano, mexerico, mexer, xiru, Xanxerê. E segundo a regra deve ser usada no nome do extremo sul do Brasil, Xuí, porém muitos por hábito e por influência do castelhano escrevem Chuí, e juram que estão certos. Ora bolas, os uruguaios tem o seu Chuy (Tchuí), mas nós temos o nosso Xuí. 

Como CS, usamos em sexo, nexo, léxico, lexical, amplexo, amplexicaule, anexar, convexo, axila, axioma.

Como SS ou S, em máximo, próximo, expresso, extremo, expressão, extinto, extintor.
Como Z, empregamos em palavras como executar, exército, exibir, exausto, exaurir, exato, exame, exatoria.

Porém para muitos o emprego desta letra linda e “sexi”, se torna coisa difícil e inimaginável e podemos ver pelos caminhos da vida “um café espresso”, e para justificar o erro dizem ser do italiano, do inglês e não sei mais quantas desculpas vão dar. Vamos encontrar um “estremo”, pois confundem o extremo que significa o último, o derradeiro, o final, o elevado, o ponto mais distante, a extremidade com a “estrema” que é o limite de uma terra lindeira, o marco divisório, sulco que delimita terras.

Seja lá como for o X continua sendo a grande interrogação no momento de escrever palavras esdrúxulas, que significa esquisita, extravagante, complexa, inacreditável, absurda.


domingo, 18 de novembro de 2012

EJA Entre Outros




Nos anos 50, os adultos que haviam passado da idade escolar buscavam uma nova alternativa para completar, ou mesmo iniciar seus estudos, já que grande percentual de nossa população, coisa que passava de 80% era composta de semi-analfabetos ou analfabetos. Para tal, muitas eram as escolas que propiciavam um estudo em menor tempo principalmente para quem trabalhasse e necessitasse aprender em curto prazo. Meu próprio pai, na época Segundo Sargento do Exército, necessitando de mais conhecimento dentro de sua profissão buscava mais conhecimento nas aulas ministradas no Colégio Salles Goulart, na cidade de Pelotas. (Já vi grafado Salis Goulart). A esta modalidade dava-se o nome de “Artigo 91” ou “Artigo 99”. Careço de fontes, mas provavelmente seria 91.

Já em 1960 um professor paranaense iniciou em Londrina um curso que visava dar aos adolescentes e adultos uma alternativa para concluir o ensino regular em menor tempo, implantando um curso rápido para capacitar esses indivíduos para os exames e provas, já que o tal “Artigo” acima citado não mais respondia as expectativas.

Em 1961 foi introduzido no país o chamado curso Madureza, que se propunha a educar jovens de 16 a 19 anos com base na LDB, daquele ano e exigia um prazo de dois a três anos para sua conclusão e foi abolido pelo Decreto lei 709/69, já que não conseguia manter os educandos em sala de aula, pois a esses só interessavam as provas ou exames. O Ministério da Educação através da TV Cultura e da Fundação Padre Anchieta produzia aulas para a TV na tentativa de atender um maior número de indivíduos que necessitava de mais conhecimento, pois ainda o Brasil era um país muito atrasado e a maioria das pessoas não tinha acesso à escola. Era um país de esqueléticos, nanicos e analfabetos.

Em 15 de novembro de 1967, pela Lei nº 5.379, foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando a conduzir a aquisição técnica de leitura, escrita e cálculo. Tal movimento foi inviabilizado pela recessão dos anos oitenta.

Ainda nos anos 70 começamos a ter uma melhoria não só física como intelectual, tímida, diga-se de passagem, mas que deu início a uma virada de página no curso da história do Brasil. Nesse ano conseguimos o tri-campeonato mundial de futebol, levantando a moral do nosso povo, e ampliaram-se as fronteiras agropecuárias com a expansão dessas pelo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, desmembrado do Mato Grosso em 1976 e Rondônia e a indústria fortalecia-se. Neste período vai surgir do dito e falido milagre econômico do regime militar e vai ser implantado o Projeto Minerva, elaborado pelo governo federal, e criado pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura, que era transmitido pelas rádios obrigatoriamente com o fim de educar pessoas adultas e de longínquos rincões o que resultou em mais um fracasso, sendo sua atuação considerada anacrônica.


No ano de 1996, numa nova tentativa de levar o ensino àquelas pessoas que não haviam completado em tempo hábil o ensino fundamental e médio, resgatando os ideais do educador Paulo Freire, surge mais uma versão, agora melhorada de tudo que já havia sido tentado. Essa nova versão foi a Educação de Jovens e Adultos, ou simplesmente “EJA”.

Uma década de muito trabalho para formar turmas realmente capazes, onde professores abnegados, muitos dos quais sonhadores vislumbravam um novo Brasil, onde a educação e a cultura fossem os alicerces desta nova Nação que se almejava.

Eu, como professor da EJA, vi num primeiro momento que, com esforço, dignidade e persistência teríamos uma nova sociedade, onde esses, ditos por muitos - “excluídos”, (o que eu não concordo), - tivessem o seu lugar ao sol.
              
(Neste caso escrevo sol com letra minúscula porque estou me referindo a luz pelo Sol emanada, já que quando nos referimos a estrela Sol, devemos então escrever com letra maiúscula, pois é seu nome próprio).

Entretanto vejo hoje a EJA dentro de outra perspectiva. Uma perspectiva sombria, discordando frontalmente com muitos educadores, pois neste último lustro o que presenciamos está bem longe do esperado.

O que era para ser Educação de Jovens e Adultos foi se tornando na verdade em um “EPAP”, “Educação Para Alunos Problemas”, aonde, em muitas, não em todas as escolas, os aluninhos problemáticos, ao completarem seus 15 anos, crianças ainda e irresponsáveis dos turnos manhã ou tarde são simplesmente mandados para a EJA, e danem-se os professores desta modalidade.

Nos casos mais extremos poderíamos dizer que a EJA, em muitas escolas, está sendo transformada em um “DAD” Depósito de Alunos Delinquentes. Pois o que vemos nesse meio é a falta de educação, a agressão, o tráfico, onde muitos professores desiludidos pedem exoneração de seus cargos, pedem transferências ou caem em profundo estado de apatia e depressão. Obviamente temos neste meio muitíssimos professores que ainda acreditam e trabalham muito nesse sentido, mas os resultados ficam aquém das expectativas.

Meninos que nada fazem, pois não trabalham, vivem pelas ruas, pelas esquinas o dia inteiro, pois não querem ficar com os de idade inferior e de menor tamanho. Alunos muitas vezes obrigados pela justiça a comparecer a escola. Mas estão ali apenas de corpo presente. Pois não querem nada com nada. Seu aproveitamento é ridículo ou nulo.

E nesta distorção da educação vemos que muitos são os profissionais, cansados desses alunos, pois os mesmo não querem estudar, não aceitam novas propostas, e atrapalham as aulas com brincadeiras e posturas não condizentes, e que para se livrarem dos mesmos vão avançando o dito cujo, assim em pouco tempo estarão livres desses alunos problemas. Se o triste era o analfabetismo puro e simples, transformou-se agora no analfabetismo com certificado, diplomando-se analfabetos funcionais. Premiando assim os péssimos alunos.
Logicamente aparecerá uma série de doutores, de sonhadores e de idealistas para dizerem que não é bem assim. E o que é pior, aparecerá uma série de “ninguéns” na educação para achar que está tudo bem resolvido e que se deve fazer isto ou aquilo, pois ser professor é um sacerdócio, e coisa e tal. Só que sacerdócio só faz dinheiro em igreja. Esquecem esses espertos que professor tem família, contas, prestações e tudo mais que um ser normal tem, mas na hora dos ganhos são os mais injustiçados.
Ou se transforma a EJA, voltando às bases para as quais foi criado ou rumaremos para a falência desta, como faliram as outras alternativas, pois fazer a EJA um depósito de moleques em meio a gente trabalhadora que precisa mesmo estudar é brincar com a educação e fazer de conta que se está ensinando. E o que é pior, desestimula o adulto ou jovem que trabalha e precisa estudar, que são realmente interessados e muitos não aguentando desistem de estudar, por conta dos “COITADINHOS” sem limites e sem educação.
Aliás, escrevi neste blog uma matéria com o título de “Brasil, País de Coitadinhos”, pois é assim que um bando de irresponsáveis é tratado. E o pior é que estão misturados com alunos bons e dedicados, que compõem a maioria da clientela da EJA, que aceitam desafios, que buscam conhecimento e que querem, sobretudo, ascender em suas vidas. Há noites que saio da escola alegre, leve e solto por ter ministrado uma excelente aula a esses exemplares alunos. Entretanto há momentos que a vontade e desistir, pois vejo o desinteresse, a falta de educação e grosserias de outros que querem continuar na ignorância. E esses pústulas são chamados de excluídos. 
O caso mais grave é a dos alunos que apresentam visíveis deficiências de aprendizado, alunos portadores de deficiências mentais, que jamais conseguirão alcançar certos objetivos e que da mesma forma vão sendo passados adiante sem ter resolvido os seus problemas, o que jamais conseguirão, infelizmente.
E se por acaso aparecer algum otimista, que acha que a EJA realmente prepara intelectualmente seus alunos, os desafio a fazer uma verdadeira prova dos conteúdos mínimos e verão que grande número não tem capacidade nem conhecimento para competir com verdadeiros alunos.

Carecem de conhecimentos e vergonhosamente grande parcela não sabe nem mesmo qual é a capital do nosso país, além de outras coisas triviais, pois um grande número não lhes interessa o conhecimento, muitos dos quais já irremediavelmente destruídos pelas drogas, que continuam nas escolas passando para os outros suas mercadorias, rindo e debochando de professores, equipes e direções de escolas.
Basta de viver em um país de coitadinhos, onde as utopias são alardeadas e muitos profissionais esforçam-se e tem capacidade, porém não podemos misturar as coisas onde em certas classes há disciplina, interesse e compreensão, já em outras e simplesmente decepcionante, onde o constrangimento assola mesmo excelentes educadores. Ou vivo em outro mundo, pois são lindos os depoimentos que muitos fazem sobre a EJA, porque em papel e fotografia tudo é aceito, mas a realidade em bem outra.
Há de se encontrar outro caminho, pois este está fadado a desaparecer como tantos outros.
O tempo mostrará, pois o tempo é o mestre dos mestres.




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Mulheres Nuas



     
A violência contra as mulheres é tão antiga quanto à humanidade, pois o macho dominante arvora-se em ser o dono de uma ou mais mulheres e, além disto, muitos usam-nas como simples objeto de prazer e ainda formam preceitos religiosos e legais para subjugá-las. 

Esta dominação primitiva, digo primitiva, pois desde os primórdios da humanidade o macho reunia um plantel de mulheres para lhe dar prazer sexual, não importando o aceitar ou querer, simplesmente as tinha cativas para seu deleite e procriação,  pouco cambiou nesses milhares de anos dessa exploração vil, violenta, machista e desequilibrada feita por animais primitivo que se dizem homens.

Mulheres nuas de quaisquer direitos eram forçadamente a aceitar um macho que em troca apenas lhes davam comida e proteção, jamais importando dar-lhes afeto, carinho e amor, coisa que apesar de mais de duzentos mil anos de humanidade ainda para muitos boçais continua a mesma coisa.

Mulheres nuas de quaisquer prazeres serviam apenas de semoventes, procriadoras e objetos de deleite dos machos.

Mesmo hoje, muitos agem apenas como machos, fazendo filhos e mais filhos. 

Mas isto é coisa de macho, pois qualquer cachorro, por ser macho também o faz, pois ser macho é fácil, o difícil é ser homem, pois somente um verdadeiro homem assume suas crias e se preocupa em dar a sua companheira, carinho, amor, prazer e ser o provedor. 

Já os machos continuam a serem iguais a cachorros, com uma única diferença, os cachorros não agridem as cadelas, mas os machos que infelizmente não são homens, que usam sexualmente destas mulheres nuas de direitos as agridem, transfiguram, maltratam, castram, quando não as matam.

Esses mesmos machos piores que qualquer cachorro, ainda criam conceitos religiosos onde vemos e lemos nas três grandes religiões monoteístas o preconceito doentio engendrado, não por um suposto deus, mas por machos ignóbeis, ignorantes e extremamente atrasados para subjugar e conter o desenvolvimento destas mulheres nuas de direitos, como podemos  ler em Coríntios 1.7 –“ O varão pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de deus, mas a mulher é a gloria do varão”.

Ou seja, até deus discrimina as mulheres. Pois elas são a glória do varão e não de deus.
Tais loucuras estipuladas pelo homem para subjugar as mulheres nuas de direitos diz em Gênesis 3.16 – “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos, e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.

Ou seja, ele, o macho tem o direito de te dominar, te sujeitar e agredir a seu bel prazer, pois a ele foi dado o direito de te dominar.

Baita sacanagem escrita por algum ancestral abobado e hoje aceita por muitos tararacas.

As Nações Unidas reconhecem ser uma violação aos direitos humanos a violência contra a mulher, e em nosso país há a Lei Maria da Penha que se propõe a proteger as mulheres dos maltratos, porém e infelizmente muitas são as mulheres que não denunciam o canalha que a agride, ou mesmo abusa de suas filhas, pois não quer perder o provedor, ou se sentem sozinhas, com medo e vergonha de procurar uma delegacia para denunciar o babaca.

E infelizmente vão aceitando, pois o macho ardiloso além do mais vem fazendo uma lavagem cerebral que começa dentro do próprio recinto familiar, onde pais, mães, tios e amigos ensinam que isto é vontade de deus, pois na carta aos Coríntios 14.34   está “As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Mas estejam também sujeitas, como também ordena a lei”. 

Que lei? Lei inventada por algum mentecapto.

Ou seja, o macho tem o direito dado por esse deus machista de sujeitar a mulher, ou seja dominar e até matar conforme podemos encontrar nesses livros ditos sagrados.

E para completar essas aberrações vamos encontrar em Coríntios 14.35 esta máxima que diz textualmente que a mulher é uma incompetente e dominada pelo marido aos olhos deste mesmo deus machista “E se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem nas igrejas”.

E entre conceitos religiosos retrógrados e preconceitos sociais e de gênero estúpidos vão as mulheres sendo agredidas.

Isso acontece, pois o “macho” que assim age, o violento, agressivo é na verdade um incompetente na cama, que não sabe o que fazer para agradar sua parceira, sofre de ejaculação precoce, de impotência e desconhece que a mulher é um ser superior a todos os machos, pois todo o macho que agride uma mulher é além de imbecil um fracassado sexualmente,  um verme que pensa com seu diminuto cérebro ser um homem.

Já os “homens”, esses sabem que as mulheres devem ser bem tratadas e sexualmente agradadas e se as coisas não derem certo, o certo então é viverem afastados, mas nunca agredidos.

Em meu livro “A Grande Mentira” eu finalizo meus agradecimentos escrevendo:

 Agradeço profunda e principalmente aqueles que também não aceitam essas ditas palavras de deus, pois elas são uma afronta à inteligência e a própria humanidade, pois são mesquinhas, contraditórias e cheias de ódio, maldade, arrogância e discriminam tanto as mulheres, que eu aprendi a amar, pois sou filho, irmão, esposo e pai de mulheres fantásticas.